Rússia 2018

Pré Copa do Mundo

A Copa de 2018 tinha nada menos que 9 candidaturas: Austrália, Coreia do Sul, Espanha/Portugal (juntos), Estados Unidos, Holanda/Bélgica (juntos), Inglaterra, Japão, Qatar e Rússia. Isso em 2010. Com tantos candidatos, a Fifa teve a ideia de escolher, de uma vez só, as sedes para 2018 e 2022 - os europeus concorreriam pela Copa de 2018 e os outros, pelo mundial de 4 anos depois. No dia 2 de dezembro de 2010, Rússia e Qatar foram os eleitos. Contudo, a eleição dupla ficou manchada. Havia suspeitas de lobbies entre dirigentes e de compra de votos. De forma geral, as denúncias atingiam bem mais a candidatura do Qatar que a da Rússia.
A Fifa levou essas e outras denúncias em banho-maria até 28/5 de 2015, quando foi surpreendida por uma investigação geral, envolvendo o FBI, a polícia federal norte-americana. O momento não podia ser mais impróprio: véspera da eleição presidencial da Fifa, na qual o suíço Joseph Blatter era o favorito para a conquista do seu 5° mandato. Blatter escapou da investigação em um 1° momento. E, em 29 de maio, derrotou Ali bin Al-Hussein, príncipe da Jordânia, na eleição para presidente. Mas, pressionado, renunciou 4 dias depois. Prometeu apenas ficar no cargo até a realização de uma nova eleição, que ocorreu em 26 de fevereiro de 2016. Nesse dia, quem foi eleito foi o suíço Gianni Infantino, secretário-geral da Fifa. 


Cidades e Estádios

Cidades-sede: Ekaterinburgo, Kaliningrado, Kazan, Moscou, Nizhni Novogorod, Rostov, Samara, São Petersburgo, Saransk, Sochi e Volgogrado.
Estádios: Ekaterinburg Arena, Kaliningrad Stadium, Kazan Arena, Luzhniki, Spartak Stadium, Nizhny Novgorod Stadium, Rostov Arena, Samara Arena, Saint Petersburg Stadium, Mordovia, Fisht Stadium e Volgograd Arena.

Ekaterinburg Arena
Ekaterinburg Arena
Kazan Arena
Kazan Arena
Spartak Stadium
Spartak Stadium
Rostov Arena
Rostov Arena
Saint Petersburg Stadium
Saint Petersburg Stadium
Fisht Stadium
Fisht Stadium
Kaliningrad Stadium
Kaliningrad Stadium
Luzhniki
Luzhniki
Nizhny Novgorod Stadium
Nizhny Novgorod Stadium
Samara Arena
Samara Arena
Mordovia
Mordovia
Volgograd Arena
Volgograd Arena

Presenças e Ausências

As Eliminatórias registraram 209 países em disputa e um punhado de surpresas, como as quedas dos tradicionais Holanda e Itália que pela repescagem, não conseguiu furar a retranca sueca, perdendo por 1 a 0 o 1° confronto, e ficando no 0 a 0 no 2° embate, ficando de fora da Copa após 60 anos. Além dos Estados Unidos, que precisava apenas apenas de um empate diante da inexpressiva seleção de Trinidad e Tobago acabou perdendo o jogo e ficou de fora da Copa do Mundo. Na América do Sul, o Brasil começou mal e, passadas algumas rodadas, chegou a figurar abaixo da zona de classificação. Bastou a troca de Dunga por Tite no comando para a equipe engatar uma sequência de 9 vitórias e tornar-se a primeira a se classificar para a Rússia. A Argentina, por sua vez, só garantiu vaga na última rodada. O Chile, campeão das Copas Américas de 2015 e 2016, nem isso. Ficou atrás do Peru, que conseguiu a última vaga em disputa ao derrotar a Nova Zelândia na repescagem intercontinental. Se não bastasse a queda de seleções tradicionais, uma das surpresas foi a classificação de equipes sem tradição, como Panamá e Islândia, que fariam sua estreia em Copas.
O ranking da Fifa foi usado para definir Alemanha, Brasil, Portugal, Argentina, Bélgica, Polônia e França como cabeças de chave- o 8° era a Rússia, país-sede. Assim como em 2014, as seleções tradicionais perderam espaço para outras menos cotadas. A Espanha, presente em todos os Mundiais desde 1978 e campeã em 2010, não foi cabeça de chave, ao contrário da Polônia. 
Os participantes dessa Copa foram: Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, Egito, Espanha, França, Inglaterra, Irã, Islândia, Japão, Marrocos, México, Nigéria, Panamá, Peru, Polônia, Portugal, Rússia, Senegal, Sérvia, Suécia, Suíça, Tunísia e Uruguai. A Alemanha, até então atual campeão mundial e campeão da copa das confederações com uma espécie de ´´time C`` era a mais cotada a um bicampeonato da Copa do Mundo. 


Fase de Grupos

Grupo A

Uruguai

9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas 

Rússia

6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota 

Arábia Saudita

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas 

Egito

0 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 0 empates e 3 derrotas 

Grupo B

Espanha

5 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 2 empates e 0 derrotas 

Portugal

5 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 2 empates e 0 derrotas  

Irã

4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota 

Marrocos

1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas 

Grupo C

França

7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas 

Dinamarca

5 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 2 empates e 0 derrotas  

Peru

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas  

Austrália

1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas  

Grupo D

Croácia

9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas  

Argentina

4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota  

Nigéria

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas  

Islândia

1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas   

Grupo E

Brasil

7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas  

Suíça

5 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 2 empates e 0 derrotas  

Sérvia

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas  

Costa Rica

1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas    

Grupo F

Suécia

6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota  

México

6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota  

Coreia do Sul

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas  

Alemanha

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas   

Grupo G

Bélgica

9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas   

Inglaterra

6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota  

Tunísia

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas 

Panamá

0 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 0 empates e 3 derrotas  

Grupo H

Colômbia

6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota  

Japão

4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota  

Senegal

4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota   

Polônia

3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas  

Oitavas de Final

Uruguai

2

30/6

Portugal

1

França

4

30/6

Argentina

3

Espanha

1
(3)

1/7

Rússia

1
(4)

Croácia

1
(3)

1/7

Dinamarca

1
(2)

Brasil

2

2/7

México

0

Bélgica

3

2/7

Japão

2

Suécia

1

3/7

Suíça

0

Colômbia

1
(3)

3/7

Inglaterra

1
(4)

Quartas de Final

Uruguai

0

6/7

França

2

Bélgica

2

6/7

Brasil

1

Suécia

0

7/7

Inglaterra

2

Rússia

2
(3)

7/7

Croácia

2
(4)

Semifinais

França

1

10/7

Bélgica

0

Croácia

2

11/7

Inglaterra

1

Disputa do 3° lugar

Bélgica

2

14/7

Inglaterra

0

A Final da Copa

15/7, 18h, Luzhniki

França

4

Croácia

2

Em uma Copa do Mundo com muitas seleções tradicionais, e ou com bons elencos e histórico recente, como Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, Uruguai, Bélgica e etc, poucos contavam com uma final entre França e Croácia. Os franceses até figuravam entre os favoritos para a decisão, e apesar do desempenho um pouco aquém do esperado na fase de grupos, o time foi crescendo nos mata-matas, eliminando seleções tradicionais, como Argentina, nas oitavas, o Uruguai, nas quartas, e também a Bélgica, seleção que não possuía tradição mas tinha uma ótima geração e já havia eliminado o Brasil nas quartas, nas semifinais, portanto chegava como favorito para a grande decisão. Já a Croácia, liderada pelo meia Luka Modric surpreendeu a todos na fase de grupos e passou em 1° lugar, com 100% de aproveitamento em um grupo que tinha a Argentina, nos mata-matas, até chegar á Final, os croatas passaram por nada menos que 3 prorrogações, contra a Dinamarca, nas oitavas, diante da Rússia, nas quartas e contra a Inglaterra, nas semifinais, levando para os pênaltis nas 2 primeiras ocasiões, e chegaram á grande final como a grande surpresa daquele mundial.
Com a bola rolando, a Croácia até começou melhor o jogo, pórem, em seu 1° ataque perigoso, aos 18 minutos do 1° tempo, os franceses abriram o placar, 1 a 0, com um gol contra de Mandzukic, que escorou de cabeça contra o próprio gol após levantamento na área de Griezmann. 10 minutos depois, logo aos 28, Perisic acertou um belo chute canhota no canto esquerdo do goleiro Lloris. Porém a alegria dos croatas durou pouco, aos 38 minutos, o árbitro Néstor Pitana, com auxílio da arbitragem de vídeo (o VAR, novidade daquela Copa) viu uma mão na bola de Perisic e marcou pênalti para a França, este convertido por Griezmann, 2 a 1. No inicio do 2° tempo, ambas as equipes, tinham volume de jogo e criavam chances, a mais clara delas para a Croácia, em um chute de canhota de Rebic que obrigou Lloris a fazer uma boa defesa. Mas novamente quem chegou ao gol foi a França, aos 14 minutos da 2ª etapa, com um chute da entrada da área de Pogba, após rebatida da zaga. Apenas 6 minutos depois, aos 20, os franceses chegaram ao 4° gol, com a revelação daquele mundial, de 19 anos, o atacante Kylian Mbappé, em um chute de fora área no canto direito do goleiro Subasic. A Croácia até descontou com Mandzukic aos 24 minutos após lambança do goleiro Lloris, dando números finais ao jogo, 4 a 2. O 2° título mundial, premiava uma excelente geração francesa, ainda sim com muitos jogadores jovens, o principal deles Mbappé.


Campeã: França

Jogo Histórico

15/6, 18h, Fisht Stadium

Portugal

3

Espanha

3

O sorteio dos grupos, realizado no dia 6/12 de 2017, colocou frente a frente dois grandes rivais, tanto pela proximidade geográfica quanto pela tradição no futebol e pelo histórico recente de ambas as seleções. Estou falando do clássico entre Portugal, até então atual campeão da Eurocopa e que tinha o Melhor jogador do Mundo do ano anterior, e eleito outras 4 vezes, Cristiano Ronaldo, e, Espanha campeã da Copa de 2010 e que tinha ainda alguns remanescentes daquela conquista, como Sérgio Ramos, Pique e Iniesta e algumas novidades como Isco e Asensio, porém seu técnico Julen Lopetegui foi demitido ás vésperas do confronto, por ter assinado contrato com o Real Madrid para somente depois do Mundial e foi substituído pelo ex-jogador Fernando Hierro.
A partida já começou agitada, quando logo aos 4 minutos de jogo, Nacho derrubou Cristiano Ronaldo na entrada da área, e o árbitro marcou pênalti, convertido pelo craque português. Mas quem criou as melhores chances após o 1° gol foi Espanha, a principal delas foi em um lindo chute de Isco, que bateu no travessão e quicou na linha. Depois de algumas chances criadas, os espanhóis chegaram ao empate aos 24 minutos, com um belo gol de Diego Costa, que recebeu lançamento de Busquets, ganhou pelo alto de Pepe, limpou 2 zagueiros portugueses e bateu no canto direito do goleiro Rui Patrício. Apesar da maior posse de bola, e domínio espanhol, quem chegou ao 2º gol primeiro foram os portugueses, aos 44 minutos, em um chute despretensioso de Cristiano Ronaldo na entrada da área que contou com um frango do goleiro De Gea, 2 a 1 Portugal. Na 2ª etapa, com 10 minutos, a Espanha chegou ao empate, novamente com Diego Costa, dessa vez após levantamento na área de David Silva e escorada de Busquets. 3 minutos depois, a ´´fúria`` chegou a virada, em um bonito chute de Nacho, que havia feito pênalti em Cristiano Ronaldo, da entrada da área. Mas, aos 43 minutos, quando o jogo parecia definido, Portugal chega ao empate em uma cobrança de falta magistral de Cristiano Ronaldo, anotando seu 3° gol naquela partida e dando números finais a um jogaço, 3 a 3.


Jogo Histórico

30/6, 17h, Kazan Arena

França

4

Argentina

3

Poucos apostavam que a seleção argentina, vice-campeã da copa anterior e que tinha um dos maiores jogadores da história do futebol em seu elenco, Lionel Messi, sofreria tanto para se classificar as oitavas de final, com um gol chorado de Rojo contra a Nigéria no finzinho do jogo. Já a França, apesar de um desempenho um pouco aquém do esperado, avançou em 1º lugar no seu grupo, portanto, já nas oitavas de Final haveria um confronto entre duas campeãs do mundo, sendo os franceses, considerados favoritos para vencer o confronto.
Já com a bola em jogo, a França começou pressionando, com uma bola na trave de Griezmann em cobrança de falta aos 8 minutos e apenas 3 minutos depois, aos 11, Mbappe arrancou de antes do meio de campo e só foi parado dentro da área com pênalti de Rojo, convertido por Griezmann. O jogo era controlado pelos franceses, porém aos 40 minutos, Di Maria acertou um chutaço de canhota e empatou para os sul-americanos. Na 2ª etapa, logo aos 3 minutos, Messi chutou, Mercado desviou e virou para a Argentina. 9 minutos depois, Pavard acertou um belíssimo chute de fora área e marcou um golaço (que seria eleito o mais bonito do mundial), empatando para Franceses, 2 a 2. Aos 18 minutos, Mbappe, pegou a sobra na área argentina, ajeitou para a perna esquerda e fuzilou o goleiro Armani, virando o jogo em favor dos europeus. Após 4 minutos, ao 22, Mbappe fez mais um e ampliou para os franceses, depois de receber bom passe de Giroud. Já nos acréscimos, Agüero de cabeça descontou para Argentina e deu números finais a essa grande partida, 4 a 3. Assim sendo, a França eliminou a Argentina.


Curiosidades

Craque

O meia croata Luka Modric

Artilheiro

O atacante inglês Harry Kane, com 6 gols em 7 jogos

Bola

Telstar 18

Mascote

O lobo Zabivaka, nome que em Russo significa ´´fazedor de gols``

Novidade

A estreia do assistente de vídeo (VAR) em Copas do Mundo, sendo utilizado pela 1ª vez no jogo entre França x Austrália

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