Brasil-Qatar 2022

Convocados:
Goleiros:
Alisson, Éderson e Weverton
Zagueiros: Thiago Silva, Marquinhos, Éder Militão e Bremer
Laterais: Danilo, Daniel Alves, Alex Sandro e Alex Telles
Volantes: Casemiro e Fabinho
Meio-campistas: Lucas Paquetá, Fred e Éverton Ribeiro
Atacantes: Neymar, Rafinha, Vinícius Júnior, Richarlison, Antony, Rodrygo, Gabriel Jesus, Gabriel Martinelli e Pedro

                                                                             Técnico: Tite

A derrota para Bélgica em 2018 deixou um gosto amargo no torcedor brasileiro, adiando o tão desejado sonho do hexacampeonato mundial. Apesar deste revés, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu manter o técnico Tite para o próximo ciclo de Copa do Mundo.

Ainda que tenha sido mantido no cargo, e tivesse um bom retrospecto a seu favor, com apenas duas derrotas até então, Tite passou a ser contestado no cargo como nunca antes, pelo time não ´´encher os olhos do torcedor``. Mesmo com as contestações, Tite seguiu seu trabalho, trazendo algumas caras novas para seleção, como os atacantes Richarlison e Éverton, os meias Arthur, Lucas Paquetá e Fabinho, e os laterais Alex Sandro e Alex Telles, e encerrando a trajetória de velhos conhecidos como, os meias Fernandinho, Renato Augusto e Paulinho, os laterais Marcelo e Filipe Luís, e os atacantes Taison e Willian.

Um ano após a derrota na Rússia, o Brasil tinha um novo desafio pela frente: A Copa América, desta vez sediada em solo do Brasileiro. A seleção começou a competição de forma irregular, vencendo a Bolívia por 3 a 0, e empatando em 0 a 0 sob vaias com a inexpressiva seleção venezuelana. Porém no 3º jogo para alívio da torcida, venceu o Peru por 5 a 0. Nas quartas de final, talvez o jogo mais díficil da caminhada, um disputado empate em 0 a 0, com o Paraguai, com vitória nas penalidades, Já na semifinal, provavelmente uma das melhores atuações da ´´Era Tite``, a vitória por 2 a 0 sobre a Argentina. Já na grande decisão, o Brasil bateu a surpreedente seleção peruana por 3 a 1 no Maracanã e seu sagrou campeã da Copa América após 12 anos na fila. Dentre os destaques da campanha estão: O experiente lateral Daniel Alves, eleito craque do torneio e o atacante ´´recém-chegado`` na seleção Éverton, que terminou como artilheiro da competição, com 3 gols, além da ausência de Neymar, principal jogador da seleção, por motivos de lesão.

O ano seguinte, 2020, estava programado o ínicio das eliminatórias para a Copa do Mundo, as olimpíadas de Tóquio, bem como mais uma edição da Copa América, porém, todas foram adiadas devido a pandemia de covid-19, que afetou o mundo inteiro, assim, iniciaram apenas no ano seguinte. Com estes adiamentos, a seleção sofreu diversas mudanças, nesse meio tempo, muitos jogadores surgiram, assim como outros perderam espaço. Entre os jogadores que surgiram estão: O zagueiro Éder Militão, os laterais Renan Lodi e Emerson Royal, os meias Bruno Guimarães, Gerson e Douglas Luiz, e os atacantes Gabriel Barbosa, Vinícius Júnior, Rodrygo, Rafinha e Anthony; já entre os jogadores que perderam espaço estão: Os meias Arthur e Phillipe Coutinho e os atacantes Éverton, Douglas Costa e Roberto Firmino.

A Copa América, novamente cediada no Brasil em meio á uma grande polêmica envolvendo a CBF, o governo federal e o técnico Tite, que quase custou o cargo deste último, fez apenas com que as cobranças sobre Tite aumentassem, apesar do time ter tido um bom desempenho ao longo da competição, o resultado final não foi nem próximo do desejado: Derrota para a Argentina por um 1 a 0 em pleno Maracanã, acabando com um jejum de títulos de 28 anos dos argentinos.

Por outro lado, tanto as olimpíadas quanto as eliminatórias tiveram um saldo positivo. Nos jogos olímpicos, o Brasil saiu vitorioso em Tóquio, batendo a Espanha por 2 a 1 na final, com boa parte dos jogadores que tinha surgido recentemente, sendo protagonistas. Já nas eliminatórias, o Brasil terminou na primeira colocação invicto, com pontuação e aproveitamento recordes. Com estes resultados, o torcedor finalmente se viu ´´convencido`` pela seleção brasileira, o que aumentou exponencialmente sua esperança para o tão sonhado hexacampeonato, resultados recentes estes alinhados com o bom momento dos jogadores da seleção em seus respectivos clubes.

Cerca de um mês antes do início da Copa do Mundo veio a tão esperada convocação da seleção brasileira para o torneio. A lista não teve grandes surpresas, sendo as maiores delas, as convocações dos atacantes Pedro e Gabriel Martinelli, do zagueiro Bremer, e a contestadíssima convocação do lateral Daniel Alves, então com 39 anos e há mais de um ano sem atuar em uma partida oficial. A ausências mais sentida, foi a do atacante Gabriel Barbosa, bicampeão da libertadores com o Flamengo, marcando 4 gols em 3 finais.

No dia 24/11, o Brasil finalmente estreia na Copa do Qatar diante da Sérvia. Depois de criar diversas chances, como a bola na trave de Alex Sandro, a seleção abriu o placar aos 17 minutos de jogo, com Richarlison após rebote em chute de Vinícius Júnior, e dez minutos depois, marcou o segundo gol, novamente com Richarlison, dessa vez em um belíssimo voleio. Porém nesta mesma partida, o Brasil teve duas importantes baixas por lesão: Neymar, principal jogador do Brasil e o lateral-direito Danilo; ambos só retornariam nos mata-matas. Já na segunda partida, contra a Suíça, o Brasil pouco produziu ofensivamente, devido tanto a ausência de Neymar, quanto ao sistema defensivo Suíço, porém no início da segunda etapa, Vinícius Júnior teve um gol anulado pelo árbitro de vídeo, e já no final do jogo, Casemiro acertou um belo chute, que deu a vitória ao Brasil. No 3º jogo, contra Camarões, como o Brasil já estava classificado antecipadamente, Tite resolveu escalar o time reserva devido a proximidade do jogo das oitavas de final, que apesar de criar muitas chances, acabou perdendo por 1 a 0, com gol de Aboubakar de cabeça.

E veio as oitavas de final, e com ela, a melhor partida do Brasil no Mundial, uma acachapante vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, com gols de: Vínicius Júnior logo aos 7 minutos do 1º tempo após belo passe de Rafinha, Neymar, cobrando pênalti aos 13 minutos, Richarlison aos 29 minutos, depois de uma linda tabela, e Lucas Paquetá, aos 36 minutos, após um ótimo cruzamento de Vinícius Júnior. Jogo este, que encheu a torcida brasileira de esperança para as quartas de final diante da até então vice-campeã Croácia.

O tão aguardado jogo entre brasileiros e croatas foi marcado por dois grandes fatores determinantes para o resultado final: O duelo particular entre Neymar e o goleiro Livakovic, e a falta de maturidade da equipe brasileira em paralelo com a força mental da Croácia. A disputa entre o atacante brasileiro e o goleiro da Croácia terminou ´´empatada``, com o segundo realizando diversas defesas importantes em chutes do primeiro durante o tempo regulamentar, porém, no fina da 1ª etapa da prorrogação, em bonita tabela com Rodrygo, Neymar driblou Livakovic, e marcou belo gol. Mas ai entra a imaturidade dos brasileiros e o equilíbrio dos Croatas, faltando apenas 3 minutos para o fim do jogo, ao invés de administrar o placar, o Brasil resolveu atacar para tentar o 2º gol, resultado: A Croácia roubou a bola, e armou um belo contra-ataque, no qual Modric, lançou para Orsic, que cruzou para Petkovic, que contou com um desvio de Marquinhos para vencer o goleiro Alisson; assim levando o jogo para as penalidades. Nas cobranças de pênaltis, mais um show de imaturidade: Ao invés de Neymar, reconhecidamente o melhor batedor da seleção, abrir a série, Tite selecionou Rodrygo, de apenas 21 anos e estreante em Copas do Mundo, para faze-lá, resultando na defesa de Livakovic; após a primeira cobrança, tanto Brasil quanto Croácia converteram suas respectivas cobranças até chegar na 4ª cobrança, quando Marquinhos mandou na trave, assim culminando em mais uma eliminação da seleção.

Diferentemente das Copas recentemente perdidas pelo Brasil, em que um jogador foi escolhido como bode-expiatório da eliminação, desta vez, o considerado grande ´´culpado`` foi o técnico Tite, tanto por ter tomado diversas decisões equivocadas no jogo da eliminação, quanto, por não dar o devido apoio aos jogadores após a derrota, deixando o campo sozinho enquanto os mesmos estavam chorando pela eliminação.


© 2021 História das copas©Todos os direitos reservados
Desenvolvido por Webnode
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora