Brasil- México 1970 

Convocados:

Goleiros: Félix,Ado e Leão
Laterais:Carlos Alberto,Everaldo e Marco Antônio
Zagueiros: Brito,Piazza,Baldocchi,Fontana,Joel e Zé Maria
Meio-campistas: Clodoaldo,Gérson,Rivellino e Paulo Cézar Caju
                                                                               Atacantes:Jairzinho,Tostão,Pelé,Roberto,Edu e Dadá                                                                                      Maravilha 
                                                                                Treinador:Mário Zagallo


Após o fracasso em 1966, a seleção brasileira viveu anos de instabilidade. Aymoré Moreira entrou no lugar de Vicente Feola, mas logo foi substituído por Osvaldo Brandão. Sem bons resultados, ele caiu. Em 1968, Zagallo assumiu o comando técnico pela primeira vez. Sem definir o time tiular, porém, perdeu a vaga para o jornalista João Saldanha.

O novo técnico anunciou de imediato seu time titular para as eliminatórias - as "feras" do Saldanha. Em uma chave com Colômbia, Paraguai e Venezuela, o Brasil conseguiu seis vitórias, 23 gols marcados e apenas dois sofridos. O sucesso não impediu outra troca de treinador. O presidente da CBD (Confederação Brasileira de Desportos), João Havelange, devolveu a Zagallo o cargo de Saldanha. A mudança teria sido um pedido do governo militar, que não admitia um militante do extinto Partido Comunista em um cargo de tanta visibilidade.

Apesar disso, a preparação foi muito bem feita. A comissão técnica, pela primeira vez, contava com uma equipe completa, com preparador físico, médico e massagista. Um minucioso trabalho de aclimatação, prática inédita até então, deixou os jogadores em condições de suportar a altitude e o calor (os jogos foram realizados por volta do meio-dia, exigência da TV) mexicanos.

Amplo favorito, o Brasil teve uma estreia difícil. A Tchecoslováquia chegou a sair na frente, mas Rivellino, Pelé e Jairzinho (duas vezes) viraram o placar para 4 a 1. Essa partida teve ainda um dos lances mais espetaculares da Copa: Pelé chutou do meio do campo na tentativa de encobrir o goleiro Viktor, mas a bola passou a centímetros da trave tcheca.

Campeões das duas últimas Copas, Brasil e Inglaterra fizeram um duelo à altura de suas tradições na segunda rodada. A seleção brasileira não contou com Gérson, contundido, e só conseguiu o gol no segundo tempo: Tostão driblou quatro adversários e tocou para Pelé, que passou para Jairzinho garantir a suada vitória. Nesse jogo, outro lance ficou marcado na memória do futebol. Quando o placar ainda apontava 0 a 0, Pelé deu uma cabeçada forte e certeira no canto direito. Milagrosamente, o goleiro inglês Gordon Banks evitou o gol, praticando aquela  que ficou conhecida como a maior defesa de todos os tempos.

Além de Gérson, o Brasil também não teve Rivellino contra a Romênia. Pelé, de falta, e Jairzinho deram a vantagem por 2 a 0 na metade do primeiro tempo. Os romenos diminuíram com Dumitrache e passaram a insistir nas jogadas aéreas  em busca do empate. Mas Pelé fez o terceiro e tranquilizou a equipe, que ainda levaria mais um, de Dembrowki (3 a 2).

Vencidos esses três obstáculos, a seleção deslanchou. Nas quartas de final, o Peru foi goleado por 4 a 2. Na semifinal, o Uruguai até saiu na frente, mas cedeu o empate em grande jogada de Clodoaldo e levou a virada no segundo tempo,  com gols de Jairzinho e Rivellino (3 a 1).

Na final, Brasil e Itália disputavam o título, a posse definitiva da taça Jules Rimet e a honra de ser o primeiro tricampeão do mundo. O primeiro tempo terminou empatado, com Pelé abrindo o placar de cabeça e Boninsegna empatando para os italianos. Na segunda etapa, o volume de jogo verde-amarelo foi muito maior. Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres selaram a goleada brasileira por 4 a 1, encerrando uma campanha brilhante que transformou essa equipe em uma lenda do futebol.

© 2021 História das copas©Todos os direitos reservados
Desenvolvido por Webnode
Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora