Brasil- Coréia do Sul e Japão 2002

Convocados:
Goleiros: Marcos, Dida e Rogério Ceni
Zagueiros: Lúcio, Roque Júnior, Edmílson e Ânderson Polga
Laterais: Cafu, Roberto Carlos, Belletti e Júnior
Volantes: Gilberto Silva, Kléberson e Vampeta
Meio-campistas: Rivaldo, Ricardinho, Juninho Paulista, Kaká e Ronaldinho Gaúcho
Atacantes: Ronaldo, Denílson, Edilson e
                                                                                               Luizão
                                                                                                                                                                                                                                                                         Técnico: Luiz Felipe Scolari

No dia 23 de julho de 2001, a seleção brasileira era eliminada da Copa América com uma vergonhosa derrota por 2 a 0 para Honduras. Quem em sã consciência apostaria que, menos de um ano depois, o Brasil seria campeão mundial pela quinta vez? Sim, havia uma pessoa. Seu nome: Luiz Felipe Scolari. Apesar dos seguidos maus resultados da equipe, que estava ameaçada de ficar de fora do Mundial pela primeira vez em sua história, o treinador mostrava confiança e garantia a classificação. Suada, a vaga só veio na última rodada, graças a uma vitória por 3 a 0 sobre a Venezuela, com dois gols de Luizão.

Passado o pesadelo das eliminatórias, Scolari começou a reconstruir a equipe. Sem grandes esperanças de ver o Brasil conquistar o título, a torcida o pressionava pela convocação de Romário. Firme, o técnico não cedeu. Em vez de chamar o Baixinho, apostou na recuperação de Ronaldo e Rivaldo, que vinham de graves contusões, manteve suas convicções até o fim e foi recompensado.

A sorte começou a sorrir para a seleção brasileira já no sorteio das chaves - o país caiu no grupo C, ao lado das modestas Turquia, Costa Rica e China. Com isso, Scolari ganhou tempo e tranquilidade para preparar a equipe e dar ritmo de jogo aos seus principais craques.

A estreia diante dos turcos, porém, foi um sufoco superado apenas graças a uma ajuda do árbitro sul-coreano Young Joo Kim. Os europeus saíram na frente, mas Rivaldo lançou Ronaldo, que empatou de carrinho. Quando o 1 a 1 parecia assegurado, Luizão cavou um pênalti (havia sido derrubado de forma duvidosa fora da área), que Rivaldo converteu. Nas duas outras partidas da primeira fase, duas fáceis goleadas sobre China (4 a 0, com um gol de cada "R" - Roberto Carlos, Ronaldo, Ronaldinho e Rivaldo) e Costa Rica (5 a 2, mais um de Rivaldo e outros dois de Ronaldo).

No dia 17, a Copa finalmente começava para o Brasil. O adversário do primeiro "mata-mata" era a Bélgica, segunda colocada do grupo H. O duelo estava empatado em 0 a 0 quando Wilmots subiu de cabeça e marcou para os belgas. O árbitro jamaicano Peter Prendergast anulou equivocadamente, marcando falta do atacante sobre Roque Júnior. Passado o susto, Rivaldo fez um golaço e Ronaldo, completando contra-ataque, fechou a complicada vitória por 2 a 0.

Apagado no torneio até então, Ronaldinho Gaúcho foi o destaque da vitória sobre a Inglaterra - justamente na única partida em que Ronaldo passou em branco. Os ingleses aproveitaram uma falha de Lúcio e abriram o placar no ínicio do jogo. Já nos acréscimos do primeiro tempo, Ronaldinho fez grande jogada individual e serviu Rivaldo, que bateu de primeira e empatou. Na segunda etapa, ele cobrou uma falta da intermediária direto para o gol, surpreendendo e encobrindo o experiente goleiro Seaman. Minutos depois, Ronaldinho recebeu o cartão vermelho por uma entrada violenta e quase estragou sua grande atuação. Mas mesmo com um jogador a menos, o Brasil soube segurar o resultado.

A Turquia voltou a cruzar o caminho brasileiro na semifinal. Mordida pelo erro do juiz no primeiro encontro, a seleção turca queria vingança, e mais uma vez deu trabalho aos comandados de Scolari. O gol de bico de Ronaldo foi o suficiente para colocar o Brasil na decisão.

A final foi um encontro inédito de dois gigantes: Brasil x Alemanha. O jogo nervoso durou até os 22min do segundo tempo, quando Ronaldo roubou a bola e serviu Rivaldo. Kahn não segurou o chute do meia, e a bola sobrou limpa para o Fenômeno fazer 1 a 0. Pouco depois, Rivaldo fez um belo corta-luz para Ronaldo marcar o segundo e definir a conquista do pentacampeonato. Coube ao capitão Cafu, único jogador a disputar três finais consecutivas em Copas, a honra de levantar a taça.

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