Brasil-Argentina 1978 

Convocados:
Goleiros: Emerson Leão, Carlos e Valdir Peres
Zagueiros: Amaral, Oscar, Abel, Edinho e Polozzi
Laterais: Nelinho, Rorigues Neto e Toninho
Volantes: Batista, Toninho Cerezo e Chicão
Meio-Campistas: Dirceu, Zico e Rivellino
Atacantes: Gil, Roberto Dinamite, Jorge Mendonça, Reinaldo e Zé Sérgio
Técnico: Cláudio Coutinho


A preparação brasileira para a Copa de 1978 foi conturbada, assim como nas competições anteriores. O time começou as eliminatórias com Osvaldo Brandão no comando, mas ele foi substituído por Cláudio Coutinho após o empate em 0 a 0 com a Colômbia.

Com Coutinho à frente, a equipe não teve problemas para se classificar. Venceu quatro e empatou um dos jogos restantes, marcando 17 gols e sofrendo apenas 1. O Brasil viajou para a Argentina com uma equipe cheia de craques - do goleiro Leão - um dos melhores do mundo - ao craque Zico e ao artilheiro Roberto Dinamite. No entanto, a seleção estava prejudicada por diversas contusões e pela falta de conjunto.

Na primeira fase, estreou com um 1 a 1 diante da Suécia (gol de Reinaldo), ficou no 0 a 0 com a Espanha e, precisando derrotar a Áustria para se classificar, venceu apenas por 1 a 0.

Na fase semifinal, o desempenho brasileiro melhorou sensivelmente. Já era outro time contra o Peru, jogo que venceu por 3 a 0, com gols de Zico e Dirceu (dois). O confronto seguinte foi o mais difícil do Brasil na Copa, contra a arquirrival Argentina. Disputada e violenta, a partida ficou no 0 a 0. Na última rodada da semifinal, contra a Polônia, o time fez mais uma boa apresentação. Nelinho abriu o placar para os brasileiros, mas Lato, artilheiro da Copa anterior, empatou. Na etapa final, Roberto Dinamite marcou duas vezes e garantiu a vitória por 3 a 1. Apesar dos bons resultados, o Brasil não se classificou para a decisão. A Argentina fez 6 a 0 no Peru (em jogo que ficou sob a suspeita de ter sido "arranjado") e ficou com a vaga graças ao saldo de gols.

Restou a decisão do terceiro lugar contra a Itália, e o Brasil ganhou de virada, por 2 a 1, terminando a Copa invicto. O técnico Cláudio Coutinho, então, cunhou uma expressão que até hoje serve para definir o desempenho brasileiro naquele mundial: "somos os campeões morais", disse, em referência à controversa e inesperada goleada sofrida pelo Peru diante da Argentina, que eliminou o Brasil da disputa pelo título.

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