Brasil- Alemanha 2006

Convocados:
Goleiros: Dida, Rogério Ceni e Júlio César
Zagueiros: Lúcio, Juan, Cris e Luisão
Laterais: Cafu, Roberto Carlos, Cicinho e Gilberto
Volantes: Gilberto Silva, Emerson e Zé Roberto
Meio-campistas: Mineiro, Ricardinho, Juninho, Kaká e Ronaldinho Gaúcho
Atacantes: Ronaldo, Adriano, Robinho e Fred
Técnico: Carlos Alberto Parreira

Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano. O Brasil chegou à Copa do Mundo com os holofotes no 'quadrado mágico'. As esperanças ofensivas da seleção na Alemanha ruíram após uma preparação contestada. E quem brilhou mesmo foram os zagueiros. O time sofreu apenas dois gols em cinco jogos, a segunda melhor marca do país na história da competição. Entretanto, o desempenho defensivo não foi capaz de evitar uma campanha decepcionante na Copa do Mundo de 2006.

Eliminado nas quartas de final, após derrota para a França por 1 a 0 e um verdadeiro show de Zinedine Zidane, que se consolidou como um dos maiores carrascos do futebol brasileiro, a seleção de Carlos Alberto Parreira colecionou críticas. Desde a preparação festiva em Weggis, pequena cidade da Suíça, até a estratégia tática adotada pelo treinador para a competição.

Mais do que a derrota para os franceses, a baixa produtividade do time durante toda a Copa do Mundo frustrou a todos. Com nomes consagrados - além do famoso e falado 'quadrado mágico' - a seleção teve dificuldades na estreia contra a Croácia, em que venceu por 1 a 0. O desempenho no confronto seguinte também deixou a desejar, com pouca criatividade e muitos sustos e sofrimento para vencer a Austrália por 2 a 0. Somente no último jogo da primeira fase, contra o Japão, a equipe de Parreira mostrou bom futebol. Em um jogo em que o Brasil entrou com cinco mudanças, o 'mistão' brasileiro ensaiou o show que o time tido como titular nem esboçou nas partidas anteriores, apesar de deixar alguns espaços na defesa.

Nas oitavas de final, o Brasil venceu Gana por 3 a 0. Contra os africanos, Parreira retomou a escalação pragmática dos dois primeiros jogos e o 'show de resultados' deu certo, apesar de alguns sustos e de um gol impedido. Além da vitória, a seleção estabeleceu marcas históricas: chegou a 201 gols em Copas; Ronaldo se isolou como maior artilheiro da história; Cafu fez o 19º jogo em Mundiais, recorde brasileiro.

O jogo seguinte, entretanto, marcou a despedida melancólica do Brasil e desencadeou uma tempestade de críticas à preparação dos jogadores. A primeira etapa de treinos acabou se transformando em uma grande 'festa', com direito a invasão de torcedores ao campo de treinamento, relatos de abusos na noite e exageros por parte de alguns atletas. Parreira foi alvo de contestações por ter sido permissivo com as estrelas brasileiras e por demorar a mexer na equipe durante os jogos e, principalmente, na derrota para a França.

Como ponto positivo, o Brasil deixou a Copa do Mundo com uma média de apenas 0,40 gols sofridos por partida. No Mundial de 1986, a melhor da seleção nesse quesito, a média foi de 0,20 por jogo. Em 1994, nos Estados Unidos, quando o time também dirigido por Carlos Alberto Parreira conquistou o tetracampeonato em um jogo caracterizado pelo sistema defensivo, a equipe levou três gols em sete partidas, o que dá uma média de 0,43 gol por jogo.


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