Brasil-Alemanha 1974

Convocados:
Goleiros:Leão,Renato e Valdir Peres
Zagueiros:Luís Pereira,Marinho Perez e Alfredo
Laterais:Zé Maria,Marinho Chagas,Nelinho e Marco Antônio
Meio-campistas: Piazza, Rivelino,Paulo Cézar Caju,Paulo César Carpegiani,Ademir da Guia e Dirceu
Atacantes: Jairzinho, Valdomiro, Leivinha, César,
Mirandinha, Edu e Dirceu
Técnico: Zagallo
A seleção brasileira
era a atual campeã mundial e havia feito uma Copa espetacular em 1970,
no México. Tinha o mesmo técnico, Mario Jorge Lobo Zagallo, mas já não
contava com Pelé - que abandonara a seleção em 1971 - e vários outros
heróis do tri, como Tostão, Gérson e Carlos Alberto.
Não que a nova geração fosse ruim. O Brasil ainda possuía alguns dos melhores jogadores do mundo - Leão no gol, Luís Pereira na zaga, Rivellino no meio e Jairzinho no ataque -, mas não tinha, ou não apresentou, o principal: futebol.
O time que estreou na Copa contra a Iugoslávia nunca tinha jogado junto antes. O placar de 0 a 0 fez Zagallo promover alterações para o jogo contra a Escócia, mas veio outro 0 a 0. Na última rodada, contra o fraquíssimo Zaire, o Brasil finalmente conseguiu vencer: 3 a 0, gols de Jairzinho, Rivelino e Valdomiro.
Na fase semifinal, o Brasil caiu no grupo da poderosa Holanda, que surpreendia com seu "carrossel", em que nenhum jogador guardava posição fixa além do goleiro. Antes de se preocupar com os holandeses, porém, os brasileiros tinham dois desafios: Alemanha Oriental e Argentina. A equipe melhorou, mas não muito. Venceu a Alemanha Oriental por 1 a 0, com um gol de falta de Rivellino. Contra a Argentina, no sempre tenso clássico sul-americano, nova vitória: 2 a 1, gols de Jairzinho e Rivellino. Diante do esquadrão de Johann Cruyff, porém, o Brasil se perdeu. Os holandeses aproveitaram o nervosismo dos rivais, venceram por 2 a 0 e foram para a final contra os donos da casa.
Restou ao Brasil a disputa do terceiro lugar contra a Polônia, país sem tradição em Copas, mas que havia conquistado a medalha de ouro olímpica dois anos antes. A equipe que fez o último jogo teve cinco alterações em relação à da estreia. Mesmo com as mudanças, perdeu por 1 a 0, gol de Lato, artilheiro da Copa.
Para o país que quatro anos antes ganhava o tri mundial com brilho, o quarto lugar na Alemanha Ocidental foi, no mínimo, melancólico. Depois do final da Copa, a revista France Football, uma das mais conceituadas do planeta, publicou uma foto colorida de página inteira da seleção brasileira. A legenda: "a decepção do ano no mundo do futebol".