Brasil 2014
Pré Copa do Mundo
Pelo rodízio de continentes estabelecido pela Fifa, a Copa do Mundo de 2014 seria nas Américas. Ainda em 2003, a Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol aventava a possibilidade de Argentina (em conjunto com o Chile), Brasil e Colômbia se candidatarem. Argentinos e colombianos desistiram em prol do Brasil, que ficou como candidato único - ao que consta, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, articulou para que os vizinhos desistissem. Depois de idas e vindas ao país, nos quais atestou muitos problemas estruturais, a Fifa cedeu aos argumentos dos brasileiros de que tudo seria uma maravilha e, no dia 30 de outubro de 2007, confirmou o Brasil como sede da Copa de 2014.
Porém, até o ano de 2013, a Fifa tinha dúvidas se o Brasil era a escolha certa. Em 2 de março de 2012, o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, falou que o país estava mais preocupado em ganhar a Copa que em organizá-la. Os estádios estavam atrasados e as obras de infraestrutura não decolavam (e algumas não decolaram até hoje :( ). 10 dias depois, Ricardo Teixeira, sobre quem pairavam muitas acusações, deixou a CBF e também o Comitê Organizador, do qual era o presidente. A Fifa cogitou lançar mão de um ´´gatilho`` que previa levar o Mundial para outro país. Uma onda de protestos na Copa das Confederações, em 2013, deixou os dirigentes de cabelo em pé, mas não houve viôlencia e, no campo, tudo saiu dentro dos conformes. ´´Se a Copa das Confederações não fosse organizada até o final, poderia não haver Copa do Mundo no Brasil em 2014``, admitiu Valcke, á ESPN.
Cidades e estádios
Cidades-sede: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo
Estádios: Mineirão, Mané Garrincha, Arena Pantanal, Arena da Baixada, Castelão, Arena Amazônia, Arena das Dunas, Beira-Rio, Arena Pernambuco, Maracanã, Fonte Nova e Itaquerão.
Presenças e Ausências
Enquanto isso, 203 países se inscreveram para disputar as Eliminatórias. Surpresas quase ocorreram. A França precisou de uma ajudinha do árbitro para passar pela Ucrânia na repescagem. Portugal, do craque Cristiano Ronaldo bateu duas vezes (1 a 0 e 3 a 2) a Suécia de Ibrahimovic, com Cristiano Ronaldo, marcando todos os gols do time. Na Concacaf, o eterno favorito México ficou em 4° lugar. Na América do Sul, o Uruguai, campeão continental, acabou em 5° lugar. Ambos tiveram que disputar uma repescagem intercontinental, mas ao menos se classificaram sem sustos em cima de Nova Zelândia e Jordânia.
A fórmula seria como em 2006 e 2010. O sorteio dos grupos foi 6 de dezembro de 2013. Para evitar novos protestos, como na Copa das Confederações, a Fifa levou o sorteio para a Costa do Sauípe, paradisíaca e isolada cidade na Bahia. A entidade usou o ranking vigente em outubro para definir os cabeças de chave, foram eles: Brasil, Espanha, Colômbia, Itália, França, Argentina, Alemanha e Bélgica.
Os participantes desse Mundial foram: Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Bélgica, Bósnia - Herzegovina, Brasil, Camarões, Chile, Coreia do Sul, Costa do Marfim, Costa Rica, Croácia, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Gana, Grécia, Holanda, Honduras, Inglaterra, Irã, Itália, Japão, México, Nigéria, Portugal, Rússia, Suíça e Uruguai. Tendo novamente, Brasil e Espanha como favoritos para disputar a final.
Fase de grupos
Grupo A
Brasil
7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas
México
7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas
Croácia
3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas
Camarões
0 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 0 empates e 3 derrotas
Grupo B
Holanda
9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas
Chile
6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota
Espanha
3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas
Austrália
0 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 0 empates e 3 derrotas
Grupo C
Colômbia
9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas
Grécia
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Costa do Marfim
3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas
Japão
1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Grupo D
Costa Rica
7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas
Uruguai
6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota
Itália
3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas
Inglaterra
1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Grupo E
França
7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas
Estados Unidos
6 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 0 empates e 1 derrota
Equador
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Honduras
0 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 0 empates e 3 derrotas
Grupo F
Argentina
9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas
Nigéria
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Bósnia-Herzegovina
3 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 0 empates e 2 derrotas
Irã
1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Grupo G
Alemanha
7 pontos, 3 jogos, 2 vitórias, 1 empate e 0 derrotas
Estados Unidos
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Portugal
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Gana
1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Grupo H
Bélgica
9 pontos, 3 jogos, 3 vitórias, 0 empates e 0 derrotas
Argélia
4 pontos, 3 jogos, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota
Rússia
2 pontos, 3 jogos, 0 vitórias, 2 empates e 1 derrota
Coreia do Sul
1 ponto, 3 jogos, 0 vitórias, 1 empate e 2 derrotas
Oitavas de Final
Brasil
1
(3)
28/6
Chile
1
(2)
Colômbia
2
28/6
Uruguai
0
Holanda
2
29/6
México
1
Costa Rica
1
(5)
29/6
Grécia
1
(3)
França
2
30/6
Nigéria
0
Alemanha
2
30/6
Argélia
1
Argentina
1
1/7
Suíça
0
Bélgica
2
1/7
Estados Unidos
1
Quartas de Final
Alemanha
1
4/7
França
0
Brasil
2
4/7
Colômbia
1
Argentina
1
5/7
Bélgica
0
Holanda
0
(4)
5/7
Costa Rica
0
(3)
Semifinais
Brasil
1
8/7
Alemanha
7
Holanda
0
(2)
9/7
Argentina
0
(4)
Disputa do 3° lugar
Brasil
0
12/7
Holanda
3
A Final da Copa
13/7, 16h, Maracanã
Alemanha
1
Argentina
0
Alemanha e Argentina chegaram á decisão da Copa do Mundo com muitas contas a acertar. A principal delas: Se enfrentariam pela 3° vez em finais, com uma vitória para cada lado nos embates anteriores. Assim como em 1990, confronto em que saíram vitoriosos,os alemães tinham como principal qualidade o jogo coletivo. Bem como em 1986, duelo em que levaram a melhor, os argentinos tinham um grande craque: desta vez, Messi. A Alemanha teve uma baixa de última hora: o volante Khedira teve uma lesão durante o aquecimento. E seu substituto, Kramer, saiu machucado aos 34 minutos do 1° tempo, para a entrada de Schürrle. Até ali, a Argentina vinha melhor no jogo, perdendo 4 chances claras. A mais explicita com Higuaín, que perdeu um gol cara a cara com o goleiro o Neuer. Depois o mesmo teve um gol bem anulado por impedimento. Schürrle entrou como meia pela esquerda, a Alemanha mudou o esquema tático e dominou o restante do 1° tempo, tendo como grande chance, uma bola na trave, após cabeçada de Höwedes. Mas, bem como na 1ª etapa, os argentinos começaram melhor a etapa final, tendo a melhor chance de gol com Messi, que, cara a cara com Neuer chutou cruzado, para fora. Além dessa, a Argentina teve outra chance, com Palácio, que chutou por cima do gol na tentativa de encobrir Neuer. Porém, veio a prorrogação, e o desgaste começou a pegar para os argentinos, que já haviam enfrentado outras duas prorrogações, nas oitavas e na semifinal, contra Suíça e Holanda, respectivamente, que passaram a apelar para faltas mais duras, com conivência do árbitro. Até que, aos 8 minutos do 2° tempo, Schürrle fez um belo cruzamento para Götze (que havia entrado no fim do tempo normal) mandar para dentro. Nos acréscimos, Messi chutou por cima a última chance de gol da Argentina, em cobrança de falta. A Alemanha celebrava o tetracampeonato após o triunfo no ajuste de contas.
Campeã: Alemanha
Jogo Histórico
13/6, 16h, Arena Fonte Nova
Espanha
1
Holanda
5
O sorteio dos grupos realizado no dia 6/12 de 2013, pôs frente a frente, logo na fase de grupos, os finalistas do mundial anterior, Espanha (campeã) e Holanda (vice), a promessa era de um grande jogo, e foi, mas não pelo equilíbrio e sim pelo placar elástico. Logo no início do jogo, a Holanda já teve a 1ª grande chance do jogo, quando Sneijder entrou cara a cara com o goleiro Casillas, culminando em uma grande defesa do goleiro espanhol. Mas logo depois a Espanha equilibrou o jogo e abriu o placar aos 27 minutos, com Xabi Alonso, após pênalti polêmico em Diego Costa. Porém, no final da 1° tempo, Van Persie empatou o jogo, numa cabeçada antológica após grande lançamento de Blind. Se a 1ª etapa foi equilibrada, a etapa final foi um passeio dos holandeses. Logo aos 8 minutos, Robben recebe lançamento, domina, tira 2 marcadores e fuzila para o gol, 2 a 1. 11 minutos depois, De Vrij marcou o 3° gol após levantamento na área e falha de Casillas. 8 minutos depois, aos 27, Van Persie roubou a bola do goleiro Casillas, bateu com o gol vazio e anotou o 4° gol holandês. Aos 35 minutos, Robben arrancou de antes do meio de campo, invadiu a área, driblou o goleiro e marcou um golaço, dando números finais na sonora goleada holandesa, 5 a 1.
Jogo Histórico
8/7, 17h, Mineirão
Brasil
1
Alemanha
7
O Brasil entrou na semifinal da Copa de 2014 sem seu grande craque (Neymar, machucado) e sem seu capitão (Thiago Silva, suspenso). Mas até que se mostrou animado. Cantou o hino á capela e comelou melhor o duelo. Mas, então, a Alemanha conseguiu um escanteio. Kroos bateu. E Müller, sem marcação, chutou no meio do gol. A bola passou por Júlio César. Gol da Alemanha. O Brasil, mesmo com 59% da posse de bola áquela altura, não conseguiu jogar mais. Os alemães sufocavam a saída de bola no campo de ataque. E se aproveitaram demais do extremo nervosismo brasileiro: marcaram 4 gols em 6 minutos, um recorde absoluto em Copas do Mundo. Os estrangeiros presentes no Mineirão olhavam para os brasileiros com uma cara de ´´o que está acontecendo?``. Os brasileiros retribuíram com outro olhar, que dizia: ´´O que vocês estão olhando? Também não sabemos o que está acontecendo``. E assim terminou o 1° tempo. No intervalo, se soube depois, os alemães resolveram tirar o pé, em respeito ao time brasileiro. Mesmo assim, Schürrle, que havia entrado na etapa final, marcou mais 2 gols. O Brasil descontou aos 45 minutos, com Oscar. A goleada de 7 a 1 foi justificada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e pelo time com um ´´apagão coletivo``. Para o Brasil, virou sinônimo de piada, de vexame, de povo fracassado. Uma versão XXI do ´´complexo de vira-lata`` de Nelson Rodrigues. Depois de 64 anos, finalmente uma tragédia superou o ´´Maracanazo`` de 1950,
Curiosidades
Craque
O atacante argentino Lionel Messi
Artilheiro
O meia colombiano James Rodríguez com 6 gols em 5 jogos
Bola
Brazuca
Mascote
Fuleco; Tatu-bola. O nome é junção de futebol + ecologia
Novidade
É adotado o GoalControl 4D, uma tecnologia para confirmar se a bola entrou ou não, foi utilizada pela 1ª vez no jogo entre França e Honduras